Odontologia Desportiva

Um Protocolo de saúde oral do atleta

Foto: Odonto Magazine
O cuidado com a saúde oral deve fazer parte do protocolo inicial e periódico de atenção à saúde para prática esportiva. Por muitos anos a odontologia desportiva beneficiava o atleta por meio do uso do protetor bucal em esportes de contato físico com o adversário na prevenção de traumatismos. Na odontologia contemporânea a atenção ao atleta é mais ampla na promoção de saúde, com o objetivo de aumentar o rendimento físico do atleta e não somente prevenir os traumatismos.

O atleta deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar  e a atenção a todas as necessidades odontológicas deve fazer parte desta atuação em saúde. As doenças bucais podem interferir diretamente na saúde geral do esportista, tornando-se relevante que estes protejam e mantenham a saúde para que possam ter o melhor desempenho durante as atividades físicas.



É sabido que na prática de esportes é necessária uma avaliação médica e a consulta ao cirurgião dentista deve fazer parte desse protocolo inicial. Primeiramente, em esportes individuais ou coletivos de contato físico com o adversário é necessário o uso de protetores bucais para evitar traumatismos dentários, tais como impacções, extrusões, fraturas e avulsões dos dentes, e ao nível ósseo as fraturas. O protetor bucal mais recomendado é o confeccionado pelo profissional de saúde, pois apresenta melhor adaptabilidade e conforto, possibilitando ao atleta a deglutição de líquidos e o falar concomitantemente à sua utilização.

Os focos infecciosos de origem dentária tais como cáries e doença periodontal, devem ser eliminados imediatamente à chegada de qualquer paciente para diagnóstico bucal inicial com finalidade de tratamento. Estudos mostram que alta prevalência de doenças bucais transformam a cavidade oral numa espécie de depósito de microrganismos capazes de provocar doenças cardíacas e vasculares. E a doença periodontal é uma via importante e podem estar relacionadas como fator de risco ao infarto e podem provocar complicações para a aterosclerose. Segundo a OMS a preocupação particular com os focos infecciosos da cavidade oral tem sido ligada à doença cardiovascular e doenças do pulmão, capazes de levar o indivíduo à morte.

A segunda fase do protocolo de um atleta diz respeito às más oclusões e a respiração bucal. 

A terceira fase do protocolo é a reabilitação oral. Após o correto posicionamento dos dentes é necessário devolver a função dos espaços edêntulos com a colocação dos implantes, para obter uma máxima eficiência mastigatória para que o organismo possa aproveitar todo potencial energético e protéico que uma alimentação balanceada pode oferecer.

Por fim, deve-se manter o atleta assim como se preconiza a qualquer paciente que termina a etapa do tratamento odontológico um protocolo de acompanhamento e controle da saúde oral. 

Dr Luciano Burrini/Ortodontista



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