Ortodontia Contemporânea
A análise facial subjetiva como base do diagnóstico
Segundo Capelozza Filho, metas
terapêuticas individualizadas, remete a protocolos de tratamentos definidos para cada uma das
más oclusões dos diferentes padrões de crescimento. Protocolos de tratamento
gerados por um diagnóstico consistente, permitido pela hierarquia corretamente
estabelecida nos fatores etiológicos das
más oclusões e por prognósticos filtrados pelo conhecimento científico e
clínico organizado.
Para entendermos o uso da morfologia
como base para o diagnóstico, iniciamos pela Análise Facial Subjetiva, que deve
ser soberana, uma vez que esta qualifica a face.
Para
atingirmos a excelência , o diagnóstico e planejamento em ortodontia deve ser
pautado em quatro princípios:
1- Diagnóstico: . Análise Facial Subjetiva ( Grau de agradabilidade da face)
. Análise Cefalométrica ( Análise Subjetiva da Telerradiografia )
. Análise de Modelos
. Análise Cefalométrica ( Análise Subjetiva da Telerradiografia )
. Análise de Modelos
2- Prognóstico
3- Metas Terapêuticas
Individualizadas
4- Plano de Tratamento
O diagnóstico deve ser iniciado
pela Análise Facial Subjetiva, baseado em um padrão craniofacial definido
geneticamente, ou um padrão morfogenético. As limitações ao tratamento
ortodôntico são expressas pelo padrão genético de cada indivíduo, cuja
expressão morfológica pode ser melhor avaliada e entendida pela análise do
tecido mole da face. Portanto, devemos sempre respeitar o padrão facial
individual que norteia o tratamento, o diagnóstico e o prognóstico. A análise facial baseia-se na análise tridimensional da face
em busca do equilíbrio, da harmonia e da proporcionalidade.
O conceito de PADRÃO está
em reconhecer que os diferentes tipos de maloclusões existentes são
consequência do tipo de PADRÃO DE CRESCIMENTO FACIAL de cada indivíduo. Em
outras palavras, é o tipo facial do indivíduo que irá determinar o tipo de mal
posicionamento dentário que ele terá e não o contrário. O Padrão de Crescimento crânio-facial é determinado geneticamente. No
ser humano podem ser identificados 5 tipos de padrão de crescimento que variam
em gravidade (leve, moderada e severa) que estão descritos a seguir:
Padrão I – Indivíduo normal com má
oclusão, ou seja sem envolvimento esquelético onde o erro dentário é primário,
ou a essência da doença. Face equilibrada.
Padrão II – Degrau sagittal maxilo mandibular
aumentada por protrusão maxilar e/ou deficiência mandibular. O prognóstico
desses pacientes varia de acordo com a gravidade da discrepância, ou seja, em
casos leves e moderados poderá ser possível o tratamento somente com aparelhos,
e em casos graves será necessário intervenção ortodôntico-cirúrgica para se conseguir
o equilíbrio.
Padrão III – Degrau sagittal maxilo
mandibular diminuída por deficiência maxilar e/ou prognatismo mandibular. O
prognóstico desses pacientes também varia de acordo com a gravidade da
discrepância, ou seja, casos leves e moderados poderão ser tratados somente com
aparelhos e em casos graves se faz necessário intervenção
ortodôntico-cirúrgica.
PADRÃO III |
Padrão Face Longa – O padrão Face Longa tem
distúrbio de crescimento, com desproporção dos terços faciais. O prognóstico para esses
pacientes varia de acordo com a gravidade da discrepância, porém é comum os
pacientes Face Longa de gravidade moderada
necessitarem de intervenção cirúrgica para correção da má oclusão. Nos
casos de gravidade leve, onde se trata somente com aparelhos, não é raro a
necessidade de extrações dentárias e a limitação estética no final, visto que a
maioria dos aparelhos dentários possuem grandes limitações para correções de
desordens no sentido vertical.
Padrão Face Curta – esses indivíduos possuem
o problema oposto dos pacientes Face Longa, e portanto, apresentam-se com o
terço inferior da face diminuída. A má oclusão tem como característica
principal a sobremordida . Nesses pacientes ainda é muito comum o excessivo
desgaste dentário, em virtude de um componente muscular genético que é
compressivo para a oclusão, além do frequente hábito de apertamento dentário desenvolvido
por esses indivíduo.
O prognóstico varia de acordo com a gravidade da discrepância, mas em
geral, no longo prazo não são favoráveis, visto que o processo de maturação e
envelhecimento inerente ao ser humano que está vivo, diminui ainda mais a
altura do terço inferior da face.
PADRÃO FACE CURTA |
É importante destacar que
para cada tipo de padrão de crescimento existe não só um protocolo de
tratamento específico, como também um protocolo de contenção especifico para
manutenção dos resultados do tratamento.
A boca também envelhece, e modificações no posicionamento dentário são
inerentes ao processo de maturação e envelhecimento. Este método de
diagnóstico, baseado em evidências científicas, respeita as limitações da
genética impostas pelo Padrão de crescimento facial que utiliza de metas
terapêuticas individualizadas e planos de tratamentos customizados para atingir
a excelência.
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